Londres, 3 de maio de 2008
Ela esperou muito até... Três horas é demais para um primeiro encontro. Se pelo menos não fosse bobinha, não caisse nas garras de mais um recém-separado..Gastar a noite com ele..Jantar no restaurante da moda...Confessar quando se envolvia..Só para vê-los voltarem com a ex na primeira discussão
Estava cansada.
Estava cansada, com sono, e se não tivesse bebido tanto, estaria com raiva. O bar ja esvaziava, a ultima clientela indo embora, uns e outros, como ela, só estavam lá para não ir em casa. Encontrar a Solidão, em uma camisola de trevas, esperando carinhosamente.
Naquele lugar esfumaçado, cheio de névoas das chances perdidas, e pedras de ressentimento em cada mesa. O tempo passava mais devagar, e com ele, o coração ia desacelerando. Se pelo menos viesse algum cavaleiro andante lhe socorrer. Se um salvador em armadura fulgurante, em seu cavalo branco, a levasse para além do por-do-sol...
Tentou espantar aqueles pensamentos, afinal, não haviam mais cavaleiros, nem paixões. Tudo se resume a poder. Quem domina a relação... Seja na cama, na mesa, ou na casa.. Tudo desses tempos modernos está na coleira do Domínio.
Sem perceber, deitou a cabeça, pensando em chorar... Mas não conseguia... Sabia como ia ser .. Sabia que ele só queria provar que podia sair com ela... Provavelmente apostou também... Estava naqueles momentos de compreensão, uma epifania... O mundo era uma serie de engrenagens... todas girando desesperadamente, esmagando as companheiras, apenas para voltar ao lugar que estavam... Pensamentos iam desordenados... Simplesmente era fraca... Sempre foi.. Desde criança na escola.. Desde que perdeu seu primeiro amor para uma prima... Até o namorado que à traiu tantas vezes no segundo grau... O divorcio dos pais... A depressão... Os remédios... As terapias.. Para que? Se no final a roda apenas voltou para seu lugar... Um poço escuro, sem vida, sem alma... Tão cansada... Tanto sono...
Adormeceu ali, sem perceber... E sonhou no passado... Mal sabia ela... Que aquele lugar nao era só um encontramento de ruas... Era uma parada do destino...
Adormeceu... e sua engrenagem voltou... Voltou... Torcendo o tempo e o espaço... Tecendo a mente e o corpo...
Ela acordou no sonho... Pelo menos ela pensava ser um...
Mas Helena estava mais desperta que nunca...
Londres, 3 de maio de 1408
Ela esperou muito até... Três horas é demais para um primeiro encontro. Se pelo menos não fosse bobinha, não caisse nas garras de mais um recém-separado..Gastar a noite com ele..Jantar no restaurante da moda...Confessar quando se envolvia..Só para vê-los voltarem com a ex na primeira discussão
Estava cansada.
Estava cansada, com sono, e se não tivesse bebido tanto, estaria com raiva. O bar ja esvaziava, a ultima clientela indo embora, uns e outros, como ela, só estavam lá para não ir em casa. Encontrar a Solidão, em uma camisola de trevas, esperando carinhosamente.
Naquele lugar esfumaçado, cheio de névoas das chances perdidas, e pedras de ressentimento em cada mesa. O tempo passava mais devagar, e com ele, o coração ia desacelerando. Se pelo menos viesse algum cavaleiro andante lhe socorrer. Se um salvador em armadura fulgurante, em seu cavalo branco, a levasse para além do por-do-sol...
Tentou espantar aqueles pensamentos, afinal, não haviam mais cavaleiros, nem paixões. Tudo se resume a poder. Quem domina a relação... Seja na cama, na mesa, ou na casa.. Tudo desses tempos modernos está na coleira do Domínio.
Sem perceber, deitou a cabeça, pensando em chorar... Mas não conseguia... Sabia como ia ser .. Sabia que ele só queria provar que podia sair com ela... Provavelmente apostou também... Estava naqueles momentos de compreensão, uma epifania... O mundo era uma serie de engrenagens... todas girando desesperadamente, esmagando as companheiras, apenas para voltar ao lugar que estavam... Pensamentos iam desordenados... Simplesmente era fraca... Sempre foi.. Desde criança na escola.. Desde que perdeu seu primeiro amor para uma prima... Até o namorado que à traiu tantas vezes no segundo grau... O divorcio dos pais... A depressão... Os remédios... As terapias.. Para que? Se no final a roda apenas voltou para seu lugar... Um poço escuro, sem vida, sem alma... Tão cansada... Tanto sono...
Adormeceu ali, sem perceber... E sonhou no passado... Mal sabia ela... Que aquele lugar nao era só um encontramento de ruas... Era uma parada do destino...
Adormeceu... e sua engrenagem voltou... Voltou... Torcendo o tempo e o espaço... Tecendo a mente e o corpo...
Ela acordou no sonho... Pelo menos ela pensava ser um...
Mas Helena estava mais desperta que nunca...
Londres, 3 de maio de 1408
Um comentário:
Eita .. a história começa aqui XDDD
Eu li o primeiro capítulo antes do prólogo!
Lerda né?
Muito legal ..
É vc o autor???
Postar um comentário