sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Meia-Noite

Em horas desafinadas
Gatos negros uivam à lua

Lugares santos em profanas ruas
Janelas expõem a verdade nua

Lobos caçam sonhos de menino
Fadas assombram fantasmas inocentes

Um cronista escreve em mesas e copos
Relatando a loucura em viva pena

Ilusoes se retraem para cantos luminosos
E o silêncio só existe para quem o ouve

Portas vão a lojas que nunca abrem
E vendem-se cordas com estrelas cadentes

Perpetuos deuses de mortal descendencia
Brincam na areia de diamantes finos

Livros mais vivos que seus leitores
Atraem vortices de delirio profundo

Poesias são queimadas para voarem ao céu
Poetas são amarrados para descerem ao limbo

Goles de sobriedade tem peso em ouro
Escassos como a verdade das palavras

Procure às almas da meia noite
E receba nevoas do passado , presente e futuro

Na hora que não esta em mapas ou relogios
Escape da insana rotina normal



Venha degustar a realidade, de nossas loucas fantasias


2 comentários:

Unknown disse...

"Venha degustar a realidade, de nossas loucas fantasias"

Como smepre fechando com chave de ouro.
Você sempre, sempre tem um grand final escondido na manga ;*

Ray* disse...

vc sempre sabe o começo, meio e fim=]



amo vc continue assim...

;**